domingo, 28 de março de 2010

“POEMA da SAUDADE”


“Em alguma outra vida,devemos ter feito algo muito grave,para sentirmos tanta saudade...
Trancar o dedo numa porta doí.
Bater o queixo no chão doí.
Doí morder a língua,cólica doí, doí torcer o tornozelo.
Doí bater a cabeça na quina da mesa,carie doí,pedras nos rins também doí.
Mas o que mais doí é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma brincadeira de infância.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade de nós mesmo,o tempo não perdoá.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se Ama.
Saudade da pele,do cheiro,dos beijos.
Saudade da presença,e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ele no quarto,sem se verem,mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ele para a trabalho,mas sabiam-se onde.
Você podia ficar sem vê-lo,e ele sem vê-la,mas sabiam-se amanhã.
Contudo,quando o Amor de um acaba,ou torna-se menor no outro.
Sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber se ele continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Se aprendeu a entrar na internet,se aprendeu a ter calma no trânsito.
Se continua preferindo cerveja a uísque(e qual a cerveja)
Se continua sorrindo com aqueles olhos apertados,e que sorriso lindo.
Será que ele continua cantando aquelas mesmas musicas tão bem(ao menos eu admirava)?
Será que ele continua fumando e se continua adorando Mac Donald's?
Será que ele continua não amando os livros,e ela cada vez mais?
E continua não gostando de dar longas caminhadas,e ela não assistindo televisão?
Será que ele continua gostando de filmes de ação,e ela de chorar em comédias.
Será que ela continua lendo os livros que já leu?
Será que ele continua tossindo cada vez que fuma?
Saber é não saber mesmo!!!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais longos,não saber como encontrar
tarefas que lhe cessem o pensamento.
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música,não saber como vencer a dor
de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ele está com outra,e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz,e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro,se ele está mais belo.
Saudade é nunca mais saber de quem se Ama e ainda assim doer.
Saudade é isso que senti(e sinto) enquanto estive escrevendo e o que você (deveria)
provavelmente estar sentido agora depois que acabou de ler.”
Quem inventou a distância nunca sofreu a dor de uma saudade!!!

Martha Medeiros


domingo, 21 de março de 2010

Você ficou naquela tarde vazia que me valeu o dia.... ;)

quarta-feira, 10 de março de 2010

.

Tenho sede da tua graça, cada dia mais
Sou mais forte e vou mais longe quando aqui estás
Com palavras de amor te adoro, Senhor
Hoje livre sou

Meu tesouro, minha herança, meu Supremo Bem
Nem tribulações nem dor podem nos separar
E jamais irão romper o que o amor selou
Hoje livre sou

Ainda sem título...

Este clima de começo de ano, calourada, festas aos montes [para as quais eu não estou indo!], caras novas [mais moleque do que tudo naquela faculdade, mas enfim... já até me apaixonei platonicamente por um calouro da ciência da computação - segredo, até porque amanhã desapaixono já!] me deixa exageradamente nostálgica!
Continuamente passam mini flash backs [filosofia de Os Normais] na minha cabeça, sobre cada momento único e maravilhoso que eu vivi ao longo desses anos, sobretudo no meu primeiro ano de faculdade.
2007... tudo era novidade, tudo era descoberta, tudo era desconhecido.
Foi o melhor e o pior ano da minha vida, pelos mesmos motivos!
Ouveram conflitos e adversidades, logicamente.
Mas o que há de tão ruim que possa ser maior do que o prazer da sensação de liberdade, de falta de responsabilidade momentânea, de independência frente ao fato de que agora não é mais necessário dar satisfação da nossa vida pra ninguém...
... o que há de mais belo e sublime do que contemplar a natureza com um olhar nunca antes apresentado? O que pode ser melhor do que uma noite de céu estrelado do interior deitada na grama cantando Chico Buarque e filosofando sobre tudo na companhia de um [eterno] grande amigo e uma garrafa de vinho e de um violão?
[por mais que menos de um mês depois esse amigo tenha passado no vestibular da USP na última chamada, ido embora e te deixado sozinha...]



2007 foi, sem dúvidas, um ano maravilhoso!

terça-feira, 9 de março de 2010

Nostalgia

...

Todo carnaval tem seu fim...

... e é o fim, é o fim!
Agora sim, depois de duas semanas de abstenção quase que total da realidade, posso contemplar o ano que se inicia de forma brutal sobre mim.
Daqui pra frente são dois concursos, trabalhos, provas, curso técnico, espanhol cada vez mais difícil, trabalhos, trabalhos, trabalhos...
... e no meio de tudo isso eu ainda terei que achar tempo pra todos os afazeres domésticos que me esperam de braços abertos, além, é claro, de não deixar de me cuidar - até porque tudo isso aqui que já está meio caído um dia se vai totalmente, né? E pra retardar o inevitável temos que nos cuidar agora! ;)

E agora, o que são as variáveis controláveis e incontroláveis do Marketing? ^^
Existe até GeoMarketing, sabiam?

...

Dor.

E dor física.

Cólicas renais, você sabe o que é isso?

Eu [infelizmente] sei - e como sei.

A madrugada de hoje foi *ótima* :)

segunda-feira, 8 de março de 2010

- Te amo sem saber como, nem quando, nem onde.
Te amo diretamente sem problemas nem orgulho;
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
Senão assim, deste modo, em que não sou nem és.
Tão perto que tua mão sobre meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho... -

(Pablo Neruda)


PS: retirado do meu antigo blog, do qual não me recordo mais a senha.
Post de 17 de Janeiro de 2008.

O Salto - Antônio Prata

Mais um texto de autoria não-minha que reproduz de forma exemplar as emoções sentidas pelo meu coração.

[porque Deus me deu o dom de sentir mas não o de descrever! HUAHUAHUA].






O Salto - Antônio Prata

"A gente não tem como saber se vai dar certo.
Talvez, lá adiante, haja uma mesa num restaurante, onde você mexerá o suco com o canudo, enquanto eu quebro uns palitos sobre o prato -- pequenas atividades às quais nos dedicaremos com inútil afinco, adiando o momento de dizer o que deve ser dito.
Talvez, lá adiante: mas entre o silêncio que pode estar nos esperando então e o presente -- você acabou de sair da minha casa, seu cheiro ainda surge vez ou outra pelo quarto –, quem sabe não seremos felizes?
Entre a concretude do beijo de cinco minutos atrás e a premonição do canudo girando no copo pode caber uma vida inteira.
Ou duas.
Passos improvisados de tango e risadas, no corredor do meu apartamento. Uma festa cheia de amigos queridos, celebrando alguma coisa que não saberemos direito o que é, mas que deve ser celebrada.
Abraços, borrachudos, a primeira visão de seu necessaire (para que tanto creme, meu Deus?!), respirações ofegantes, camarões, cafunés, banhos de mar – você me agarrando com as pernas e tapando o nariz, enquanto subimos e descemos com as ondas -- mãos dadas no cinema, uma poltrona verde e gorda comprada num antiquário, um tatu bola na grama de um sítio, algumas cidades domesticadas sob nossos pés, postais pregados com tachinhas no mural da cozinha e garrafas vazias num canto da área de serviço.
Então, numa manhã, enquanto leio o jornal, te verei escovando os dentes e andando pela casa, dessa maneira aplicada e displicente que você tem de escovar os dentes e andar ao mesmo tempo e saberei, com a grandiosa certeza que surge das pequenas descobertas, que sou feliz.
Talvez, céus nublados e pancadas esparsas nos esperem mais adiante. Silêncios onde deveria haver palavras, palavras onde poderia haver carinho, batidas de frente, gritos até. Depois faremos as pazes. Ou não?
Tudo que sabemos agora é que eu te quero, você me quer e temos todo o tempo e o espaço diante de nossos narizes para fazer disso o melhor que pudermos.
Se tivermos cuidado e sorte – sobretudo, talvez, sorte -- quem sabe, dê certo? Não é fácil. Tampouco impossível. E se existe essa centelha quase palpável, essa esperança intensa que chamamos de amor, então não há nada mais sensato a fazer do que soltarmos as mãos dos trapézios, perdermos a frágil segurança de nossas solidões e nos enlaçarmos em pleno ar.
Talvez nos esborrachemos. Talvez saiamos voando. Não temos como saber se vai dar certo -- o verdadeiro encontro só se dá ao tirarmos os pés do chão --, mas a vida não tem nenhum sentido se não for para dar o salto."

Mais uma semana se inicia....

... e estou vivendo mais uma segunda-feira típica do verão que está quase pra virar outono do velho oeste paulista: quente, muito quente.
As horas passam e a minha vontade de não fazer nada é constante: de repente toda a minha vida que estava voltando a caminhar corretamente nos trilhos voltou a ficar sem cor, sem rumo, sem direção de alguma maneira.
Apesar dos pesares estava vivendo uma sucessão de momentos bons, onde em cada amanhecer eu contemplava com olhos de descoberta as maravilhas que Deus pode nos proporcionar enquanto seres viventes.
Passei por momentos ruins, claro.
Mas nada que me derrubasse, não tão intensamente como agora.
Sinto que voltei à estaca zero. Mas que estou mais forte pra me reerguer.
Agora resta esperar os rumos que a vida irá tomar.



AVE [Amor Verdadeiro Espera]

"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."

I Coríntios 13:4-7
"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. "


[não sei o autor] :)

Amor não se pede ^^




"Se implorar resolvesse, não me importaria. De joelhos, no milho, em espinhos, agachada, com o cofrinho aparecendo.Uma loucura qualquer, se ajudasse, eu faria com o maior prazer. Do ridículo ao medo: pularia pelada de bungee jump.Chorar, se desse resultado, eu acabaria com a seca de qualquer Estado, de qualquer espírito.Mas amor não se pede, imagine só.Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença? Não, não dá pra dizer isso.Ei, seu velho, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso.Ei, monstro do lixo, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não.Amor não se pede, é uma pena.É uma pena correr com pulinhos enganados de felicidade e levar uma rasteira.É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha. Um semblante altista de quem constrói sozinho sonhos.Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar prodesgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema?Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei.Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto.Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se, em algum momento, o gosto volta.Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de um cachorro querendo brincar.Ele roubou sua leveza mas, por alguma razão, você está vazia.Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer: ei, a vida é curta pra sofrer, volta, volta, volta.Porque amor, meu amor, não se pede, é triste, eu sei bem. É triste ver o Sol e não vê-lo se irritar porque seus olhos são claros demais, são tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele, são tristes as noites que cumprem a promessa.É triste respirar sem sentir aquele cheiro que invade e você não olha de lado, aquele cheiro que acalma a busca. Aquele cheiro que dá vontade de transar pro resto da vida.É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz.Tanto amor querendo escrever uma história, mas só escrevendo este texto amargurado. É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar. É triste lembrar como eu ria com ele. Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa? Ele sabe, ele sabe. Se implorar resolvesse, não me importaria. De joelhos, no milho, em espinhos, agachada, com o cofrinho aparecendo.Uma loucura qualquer, se ajudasse, eu faria com o maior prazer. Do ridículo ao medo: pularia pelada de bungee jump.Chorar, se desse resultado, eu acabaria com a seca de qualquer Estado, de qualquer espírito.Mas amor não se pede, imagine só.Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença? Não, não dá pra dizer isso.Ei, seu velho, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso.Ei, monstro do lixo, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não.Amor não se pede, é uma pena.É uma pena correr com pulinhos enganados de felicidade e levar uma rasteira.É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha. Um semblante altista de quem constrói sozinho sonhos.Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar prodesgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema?Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei.Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto.Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se, em algum momento, o gosto volta.Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de um cachorro querendo brincar.Ele roubou sua leveza mas, por alguma razão, você está vazia.Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer: ei, a vida é curta pra sofrer, volta, volta, volta.Porque amor, meu amor, não se pede, é triste, eu sei bem. É triste ver o Sol e não vê-lo se irritar porque seus olhos são claros demais, são tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele, são tristes as noites que cumprem a promessa.É triste respirar sem sentir aquele cheiro que invade e você não olha de lado, aquele cheiro que acalma a busca. Aquele cheiro que dá vontade de transar pro resto da vida.É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz.Tanto amor querendo escrever uma história, mas só escrevendo este textoamargurado.É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar.É triste lembrar como eu ria com ele.Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa? Ele sabe, ele sabe."


Tati Bernardi