domingo, 12 de setembro de 2010

[um post sobre saudade]

[mesmo que eu esteja longe o meu amor vai te encontrar porque você é impossível de esquecer]


De uma maneira geral, esta que vos escreve não é muito fã do mês de setembro – e de outubro também, pra dizer bem a verdade. E por quê?

Bem, setembro sinaliza que faltam míseros três meses pro ano acabar e na maioria das vezes eu sinto que não aproveitei nada direito, além disso, setembro foi o mês em que eu escutei a maior declaração de amor que eu poderia ter ouvido na minha vida e deixei a chance escapar por orgulho – poderia estar agora assistindo Temperatura Máxima debaixo de um cobertor aconchegante planejando nossa casa assobradada e nossos filhinhos correndo pelos corredores. Ok parei de devanear.

Vamos ao que realmente interessa: os meses de setembro e outubro foram marcantes na minha vida há uns bons anos atrás por motivos não muito legais, mas que vou carregar pra sempre como experiências que me fazem crescer.

Hoje eu quero escrever pra você. Lembro-me da gente sorrindo, pulando e cantando juntos, dando risada das coisas mais bobas. Lembro-me de você fazendo graça com seu violão, fingindo não saber tocar direito e fazendo uns barulhos horrendos, o seu boné sempre virado pro lado e você sempre de bom humor, fazendo brincadeiras com todos.

Minha última – e mais marcante – lembrança sua é do dia em que fomos pra romaria dos 30 anos da pastoral da juventude na diocese. Você estava de blusa de frio e boné [virado pro lado, sempre!] azuis, no ápice da sua molequice, fazendo brincadeiras com todo mundo a sua volta. Naquele dia eu fiquei irritada contigo porque – como naquela época ainda não havia câmera digital – eu havia levado minha máquina com um filme de 36 poses pra tirar foto do pessoal e você monopolizou a coitada... Tenho várias fotos suas com seu sorriso largo, com seus amigos – porque você era mais conhecido que nota de $1, né?

Você era nossa estrela, você tinha luz própria, você fazia com que qualquer problema se tornasse mínimo frente à grandeza do seu sorriso. E porque tiraram você de nós da forma mais dolorosa possível naquela sexta-feira de setembro, hoje você não pode ler isso. Não era pra ser você. Você era o homem errado na hora errada, mas hoje eu tento compreender tudo isso como uma providencia divina, como o fim da missão de um anjo celestial na Terra, mas confesso que é muito difícil. Já faz muito tempo, mas lembro de você sempre com o mesmo carinho, a mesma emoção, a mesma saudade. Hoje eu comecei a pensar em você enquanto rezava o terço... Em pensar que num momento de fraqueza eu desacreditei no poder de Deus exatamente porque te perdi... Mas sei que você é um anjo que Deus colocou pra nos proteger, aos seus amigos e familiares, aí do céu, que é onde você está. Eu te amo muito, meu amigo. E vou te amar pra sempre.



Amigo é muito mais
Do que alguém pra conversar
Alguém pra abraçar
Amigo é uma bênção
Que vem do coração de Deus
Pra gente cuidar

É assim que você é pra mim
Como uma pérola que eu mergulhei pra encontrar
É assim que você é pra mim
Um tesouro, que pra sempre
Eu vou guardar


sábado, 11 de setembro de 2010

Eu liguei pro meu ex.

Tá, e o que isso vai contribuir pra diminuição dos índices de mortalidade infantil na África sub-saariana?


A resposta correta é... NADA!

Peço por favor que, antes de tudo, não me crucifiquem. Sou apenas mais uma menininha que num acesso de carência liga pro ex namorado. NOT

Bem, como eu apaguei praticamente tudo o que se refere ao fulano que tinha nesse blog acho que vou ter que escrever novamente algumas coisas: o Fulano é meu ex, namoramos um ano e durante os dois anos subsequentes ao nosso término eu me vi terminantemente louca e apaixonada por ele, tratando o fulaninho como se fosse Deus e tendo como máximo retorno algumas bitoquinhas y otras cositas más sem compromisso. Ok.

Aconteceu muita coisa entre a gente - ele sempre tentava botar panos quentes em coisas que aconteciam entre a gente que me deixavam mal, ok - e acabou que paramos de nos falar recentemente, brigamos feio da última vez por um motivo super torpe - do qual eu não tiro minha razão... ¬¬ enfim, não havia mais relação.

Mas durante todo esse tempo, inclusive depois do fim do nosso namoro, o fulano fez muita coisa boa pra mim. Eu tenho uma gratidão enorme por ele, que foi uma das melhores pessoas que já apareceu na minha vida. Tudo o que ele fez por mim não é passível de ser detalhado aqui no blog porque é pessoal demais, mas dando uma leve situada em qualquer criatura sem nada melhor pra fazer que esteja lendo isso, o fulaninho sabe praticamente tudo da minha vida, dividiu comigo segredos, angústias, alegrias, traumas e complexos mais íntimos... ele foi meu amigo, meu pai, meu namorado, meu psicólogo, meu porto seguro. E se tem uma coisa que eu creio que nunca vou deixar de sentir por ele é GRATIDÃO, por tudo de bom que ele representou - e que é inesquecível.

Mesmo com as adversidades eu sinto muita falta dele, mas não sinto mais aquela saudade carnal, não sinto falta dele como homem, como namorado e sim como pessoa, como amigo, como representação de muitas coisas boas que já me aconteceram.

A família dele me acolheu muito, me ajudou, ele me levou de volta pra Igreja [eu havia me afastado depois de uns lances há muitos anos atrás] e se hoje eu vivo muitas coisas boas, eu construí amizades que vou levar pra vida inteira, foi direta ou indiretamente por causa dele. Se hoje eu sou o que sou, se hoje eu fui chamada pra evangelizar na Igreja, se hoje eu tenho amigos que ficam meses sem me ver e nada muda [os amigos dele] foi direta ou indiretamente por causa dele.

Eu o considero muito por causa dessas coisas, então eu estava me sentindo sufocada porque estava afastada dele. Depois do aniversário dele, em que eu nem liguei pra dar parabéns, eu me senti tão mal que estava sonhando com ele todos os dias [e isso tem 3 semanas], passei uma manhã inteira chorando porque deu no noticiário um acidente de moto e a moto do cara era IGUALZINHA a dele, chorei um monte pra uma amiga em pleno estágio semana passada, contei tudo pra ela, tudo o que eu passei, tudo o que ele me ajudou, e etecéteras. Ok, meu ex é um divo.

Enfim... esta semana me libertei. Deixei orgulho e ressentimentos de lado e liguei pra ele, finalmente. Claro que isso foi precedido de dias em que eu paquerava o telefone freneticamente e pensava "será que eu devo?"... toda aquela mágoa, ressentimento, falta de perdão, sentimentos ruins em geral me impediam de dizer a ele tudo o que eu necessitava dizer, que essa distância compulsória me deixava de coração apertado, que eu não precisava que ele voltasse a falar comigo como se fôssemos os melhores amigos de infância da última semana, mas que precisava que ele soubesse o quanto foi importante na minha vida e que isso havia sido marcante demais pra mim. E eu falei. Falei tudo.

De início ele ficou meio reticente, naturalmente. Mas conforme fomos conversando, demos umas risadas, quebramos o gelo e ele até brincou comigo sobre o Acampamento [que ele me deu de presente ano passado]...

... enfim, acho que é isso.

Página virada sobre esse assunto, agora tô liberta. Se não nos reaproximarmos, tudo bem. Estou com o sentimento de que fiz a minha parte.


A NOSSA LIBERDADE É O QUE NOS PRENDE

Leituras avulsas *-*

Como as poucas pessoas que lêem esse blog regularmente sabem - ou liam, porque a última coisa que eu tenho feito na vida é atualizar isso aqui, e nos últimos tempos nem são posts pessoais, e confesso que sinto falta, mas vamos ao que interessa – é que eu andei me estrepando bonito no que diz respeito aos assuntos do éssidois. Depois de três anos me estrepando correndo atrás do mesmo ser [que daqui há uns dias vou postar um trenzinho sobre ele, se pá ainda hoje], dei umas mini estrepadinhas pelo caminho, sempre correndo atrás da pessoa errada, no momento errado e do jeito errado. Uma soma de fatores sempre fazia o lance dar errado, mas como eu andei ouvindo por aí, certas coisas a gente tem que superar sozinho. E hoje cá estava eu, vadiando pelos blogs da vida, quando despropositadamente me deparei com a última atualização do Verdade Feminina [http://verdadefeminina.wordpress.com/] e resolvi trazê-la pra cá, porque tem muito a ver com as últimas coisas que eu vivi nesse aspecto.

Auto Conquista

Ok, você não tem aquele olho azul, aqueles 300ml de silicone e bem que poderia ter uns 4kg a menos (ou a mais). Mas você tem que ter pelo menos um adjetivo: Amor próprio. Estamos sempre buscando pessoas para nos amarmos: Homens, amigas, paga-paus…. E você? Gosta do que vê no espelho, do que tem na consciência? Tudo que você precisa é uma pessoa para te achar linda: Você.

Absolutamente ninguém repara em alguém que não se valoriza, que não sabe seus atributos e que principalmente não sabe seus defeitos. Não tenha medo de se olhar. Admita suas imperfeições e se isso realmente te incomodar e você tiver a oportunidade de melhorar, fazer plástica, esporte, maquiagem… Por que não? Se não estiver ao seu alcance, compense. Aposto que seus quilinhos a mais não são nada comparados ao seu par de seios que pára qualquer obra. Seu cabelo crespo é um charme que só você ainda não reparou. E, inclusive, muitas vezes nos auto-sabotamos. Francamente, pra que alisar o cabelo? Assuma o black power e, por favor, tenha estilo. Assista vídeos no youtube sobre auto maquiagem – De graça, fácil acesso e dicas maravilhosas. Acesse blogs de moda, compre revistas do segmento – troque por aquela que só fala de como-conquistar-sua-alma-gêmea-em-3-passos, afinal, quem você quer conquistar se não consegue se auto conquistar?

Você só não fica melhor porque não quer! Mulheres tem inúmeras formas de melhorar a aparência, utilize-as ao seu favor. Abandone a legging colorida e a barriga de fora. Troque a plataforma da marca de surf por um salto fino ou uma sapatilha.Corte esse cabelo que mais parece uma crente do que qualquer outra coisa. E, por favor, pare de dividí-lo bem no meio (a menos que você tenha certeza absoluta que isso fica bem em você – leia-se: bem poucas!!). E aprenda de uma vez por todas que sensualidade não tem absolutamente nada a ver com usar decote, saia curta e costas de fora ao mesmo tempo. Muito pelo contrário. Sensualidade tem a ver com insinuação, com esconde-mostra, com dúvida e, claro, as vezes com um decote OU um vestidinho mais curto – porque também somos filhas de Deus.

Cansei de conhecer mulheres que nunca repararam o quão perfeita eram. Inteligentes, bem humoradas, queridas, ótimas amigas… Mas se tornaram insuportaveis de tantas reclamações sobre seu peso, seu cabelo e sua unha fraca. Virando assim as mulheres mais feias que eu já conheci.

domingo, 5 de setembro de 2010

Paciência

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...

Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara
A vida é tão rara...

A vida é tão rara...