segunda-feira, 23 de agosto de 2010

The weekend *-*

De uns tempos pra cá a minha vida tem andado meio cambaleante. É tribulação pra cá, tribulação pra lá, saudade da família, ansiedade pra acabar logo tudo isso, e assim vamos vivendo. ^^

Mas olhando pra trás e vendo tanto post de desabafo, tantas queixas, murmurações /que se eu fosse falar pra alguém do meu mundo real a pessoa certamente ficaria de saco cheio de mim, hoje eu vim falar de coisa boa.

Tive um fim de semana, em termos, muito bom. Digo em termos porque devido a algumas influências externas infelizmente eu não consegui me entregar totalmente na maior parte do tempo, sem contar que o dia de ontem foi bastante cansativo, cheguei bem tarde em casa, não tinha nada pra comer [e eu não tinha comprado nada mais cedo], fui dormir com fome, aquela coisa clássica de estudante. Nada muito fora da normalidade.

Mas o dia de hoje foi, à excessão dos momentos em que eu me pegava pensando nas pendências que deixei aqui fora, muito bom. Ainda não tinha caído a ficha que, apesar de todas as dificuldades, Deus quer me fazer instrumento da Sua graça. E também não tinha ainda recaído sobre os meus ombros o peso dessa responsabilidade.

Acho que tudo isso aconteceu, finalmente, hoje. Claro que eu tive meus momentos pessoais com Deus, de renúncia, de entrega, e que eu espero levar adiante – acho até que por isso estou escrevendo aqui, pra vir lembrar disso em algum momento de vacilo.

É reconfortante saber que mesmo no alto das nossas imperfeiçoes podemos servir como instrumento para auxiliar outra pessoa que precisa de nós, que precisa de Deus, que precisa ser resgatada na fé. E mais do que isso: que aprendemos – e muito! – com essas pessoas, com essas vidas que com a graça de Deus veremos transformadas nos próximos meses.



/daqui há algum tempo eu conto com mais detalhes tudo, tá bom? ^^

domingo, 22 de agosto de 2010

Confesso


Confesso - Ana Carolina

Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final

Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer

Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais


*me deu vontade dessa música*


/eu ainda passarei por aqui essa semana, pra contar como foi o retiro [que por sinal eu já deveria estar dormindo pro meu dia longo de amanhã!] y otras cositas más.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Um casamento centrado em Cristo é um casamento que dura uma vida toda.

O texto abaixo foi postado por uma conhecida na comunidade em que eu participo e eu achei muito lindo e verdadeiro. Num mundo onde estamos acostumados a ver traições como coisas normais, facilmente vinculadas na mídia, a ver as amantes sendo vistas como coitadinhas enquanto as esposas são vilãs que afogam o casamento na rotina e não merecem respeito, esse texto soa como um aprendizado pra quem ler. Então vou partilhar.


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O Casamento


"Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia, mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para prepar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!


[autor desconhecido]

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Ausência de criatividade, semana do meu curso e um pouco de mim

Bem, como todo ano meu curso está vivendo a tal Semana da Geografia. E como sempre professores medíocres prometeram prender-nos nas mesas redondas igualmente medíocres por um recurso totalmente medíocre: a chamada. É amigos, voltamos à primeira série do ensino fundamental, onde o professor conhece a cara de cada aluninho e faz a chamadinha pras crianças indefesas não ficarem bagunçando no corredor. Beleuza. (Y)

Fui no primeiro dia na maior das más vontades e pra minha surpresa não teve chamadinha! Acredita que me animei pro segundo dia só por causa disso? Acho ridículo e patético esses mecanismos de coerção universitária, se eu não quero assistir a mesa redonda chata do professor hipócrita ou o assunto não me interessa por que uma simples lista tem que me prender naquele auditório? AFF ¬¬’

Hoje eu já acordei com vontade de não fazer nada – mas tenho que terminar um artigo pra amanhã /ou melhor, pra hoje, já que passamos da meia-noite, e um relatório, portanto não tive como manter-me no ócio o tempo todo, uma pena. Mas não fui pra faculdade.

Com isso, entre outras coisas [descobri mais canalhices do meu ex, ôh beleuza!], fiquei pensando em formas de atualizar o blog. Eu tenho pensado em alguns destinatários pras cartas que ainda restam, porém a preguiça é maior e eu nem sei mais como começar a escrevê-las. Também penso em contar uns causos da minha vida ou escrever sobre mim, em tópicos ou na forma de “confessionário”, como acontece em algumas comunidades do orkut. Aliás confesso que durante todo o dia de hoje eu pensei em várias coisas pra relatar aqui. Vários acontecimentos me faziam ter “flashs de luz” de prováveis postagens no blog.

Bem, vamos ver o que acontece nos próximos dias. Por enquanto posso dizer que ainda não estou totalmente em paz de algumas coisas, mas estou querendo muito caminhar pra serenidade. Certas injustiças universitárias ainda me revoltam e me inquietam, eu ainda me sinto sozinha aqui e ainda sinto saudade dele, mesmo sabendo que não há futuro nenhum nisso /aliás pra melhorar minha noite acabo de saber que ele já está em outra, provavelmente alguma loirinha/branquinha parecida com a Patrícia Pillar que estude com ele. Boa sorte aí, champz.

Depois de três anos de vida como atriz, de um passado de pseudo escritora falida, atualmente me fizeram descobrir que sei cantar, qualquer dia eu conto melhor aqui. Mas eu ainda duvido, não me vejo como musicista. E não sei o que quero ser quando crescer: tô num impasse porque não sei se quero outra graduação ou um mestrado. Só sei que não quero mais ficar aqui. Por enquanto acho que é isso. ;*


/bora pra mais uma semana sem atualizar isso aqui! :)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Pequeno Diálogo

Quatro amigos caminham juntos por um lugar um tanto quanto inusitado, e eu diria até que nenhum pouco propício para paquera. Enquanto um casal conversa banalidades, o outro vem tendo um papo cabeça sobre relacionamentos. Após muito mimimi de xaveco barato, ele diz:

- Não sei como você me diz que é feia. Você tem um sexy appeal impressionante. Eu te pegaria agora se você deixasse.

- Se eu disser que até o exato momento dessa frase eu pensava que você era viado você vai se sentir muito ofendido?

[pausa].

- Não, mas eu não sou gay.

- Ahhhhhh [pausa]. Então você é bi, né?

- Não. Sou hétero. É tão difícil acreditar nisso?

Nesse momento, a amiga, como num salto, vira pra trás e fecha a cena na mais absoluta elegância:

- Se eu disser que também te achei super com jeito de viado responde sua pergunta? ^^

/um brinde à sinceridade inapropriada.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Day 10 — Someone you don’t talk to as much as you’d like to

Oi meu bem. Claro que você não poderia ficar sem a sua cartinha.

Muitas vezes eu sinto que a questão espaço-temporal não existe pra nós duas. Mesmo na distância, com pouquíssimo contato, e levando rumos de vida totalmente diferentes entre si, sinto que nossa amizade continua forte como nunca. Quando te vejo meus olhos se enchem de alegria, especialmente quando é o acaso que proporciona nossos contatos – como nessa última vez, eu chegando de Porto Alegre pra passar menos de 10 horas em Sampa, e eis que te vejo indo trabalhar. Foram poucos segundos, mas valem super a pena quando estou com você. Você estava linda no casamento da Su, transbordando felicidade por onde passava. Cresceu, casou, é mãe de um menino lindo, virou mulher. /e eu sou mais velha que você e continuo adolescente, incrível isso HUAHAUAHAUAHU

Às vezes me bate certa tristeza por não ter acompanhado sua gravidez, por não estar vendo seu filho crescer, por não saber da sua vida...

... mas depois me conformo, porque são circunstancias naturais da vida. “Um dia todos nós iremos nos separar”... lembra disso? Nos separamos fisicamente, mas continuamos unidas por um laço de amizade que eu espero que seja eterno.

Te amo. ;*

Day 9 — Someone you wish you could meet

Cheguei num dia complicado: o destinatário da carta do dia 09 será o mesmo das cartas dos dias 11 e 15 - sim, eu considero poucas pessoas realmente importantes na minha vida, e se eu gostaria que ela pudesse responder é porque ela faleceu e se é a pessoa de quem eu mais sinto falta é porque obviamente faleceu². Tá, ela poderia ter ido morar num lugar distante, poderíamos ter pedido contato ou qualquer outra coisa, mas infelizmente, Deus tinha outros planos pra ela. E sim, eu já estou em prantos só de lembrar dela.

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Day 9 — Someone you wish you could meet
Day 11 — A Deceased person you wish you could talk to
Day 15 — The person you miss the most

Oi pessoa que eu mais amei e amo na minha vida inteira. *.*

Infelizmente eu nunca tive a oportunidade de dizer isso olhando nos seus olhos, mas saiba que durante toda a minha vida eu te amei muito, te amei e ainda amo, porque você sempre vai fazer parte de mim de alguma forma.

Deus foi tão bom comigo que colocou você como um anjo da guarda pra proteger minha família antes mesmo que eu nascesse. Nossa história é tão linda que minha mãe soube da sua existência através de jornais encontrados num caminhão durante os dias em que ela dormiu na rua.

Quero agradecer por você sempre ter ajudado a minha família, desde o momento em que você acolheu na sua casa a minha mãe depois da separação dela do meu pai, com a minha irmã ainda bebê nos braços dela.

Também não posso esquecer quando minha mãe teve aqueles problemas de menopausa precoce... ela ficava muito nervosa, me batia muito, e foi você quem cuidou de mim, mesmo nas suas limitações, mesmo com os seus problemas que eram infinitamente maiores que os meus, você me deu carinho, amor, atenção, afeto... você me ajudava nas lições de casa, pedia pra eu sentar ao seu lado na cama pra te contar como foi o meu dia. Sempre me encheu de presente, mesmo minha mãe não gostando. Sempre elogiou meu rendimento escolar, mesmo com minha mãe dizendo que eu não fazia mais do que minha obrigação. Sempre me dizia pra eu nunca desistir de nada, mesmo com a vida te colocando barreiras maiores dia após dia.

Você é meu maior exemplo de caráter, dignidade e perseverança. Você foi como minha segunda mãe em muitos momentos. Você lutou até o fim e o meu maior sonho é ser um terço do que você foi.

Toda vez que eu via seu desespero, sua tristeza por conta da perda gradativa dos meus movimentos, eu ia pro quarto chorar escondida, pra que você não visse. Eu sentia que estava te perdendo um pouquinho de cada vez, e no fundo, mesmo na minha pouca idade, Deus me mostrava que aqueles momentos não deveriam ser vividos com tristeza, que eu deveria ser forte e ficar ao seu lado do mesmo modo como você havia ficado, mesmo sem eu perceber, anos antes.

É muito difícil escrever pra você, muito mesmo. Eu sempre choro porque eu te amo mais que a mim mesma, sinto que perdi um pedaço de mim. Eu vivo quase 8 anos de luto por sua causa, porque Deus quis que meu anjinho partisse pra uma nova missão num plano que não é mais o terreno, é o celestial, porque você é de uma alma tão boa que certamente está do ladinho dele ainda intercedendo por nós e nos guiando nessas estradas tão difíceis da vida. ^^



‘menos de um segundo e eu já perco o ar, quase um minuto e quero te encontrar...

... é um sentimento que preciso controlar porque você se foi, não está aqui’.

Day 6 — A stranger

Você não sabe como é complicado, depois de tantas expectativas, de tantos sonhos, de tantos desejos, de tantas vontades, de tantos planos, traçar essas linhas e chegar à conclusão de que você foi apenas uma verdade inventada, de que a ‘letter to a stranger’ tem destinatário certo: você. E acho que escrever para um estranho conhecido deve ser uma sensação bem pior do que escrever para um estranho qualquer, visto que tudo o que eu senti/sinto por você terá que ser guardado numa gavetinha pequenininha denominada ‘saudade’.

Pensei em escrever pro seu amigo perguntando como você está, mas depois de perceber que simplesmente você não me quer na sua vida eu desisti de manter qualquer tipo de contato. Não sei se você lê isso aqui, eu devo ter sido tão insignificante na sua vida que você nem deve se dar a esse trabalho, então creio que eu posso escrever da forma que eu achar melhor, né?

Também não sei se você me bloqueou permanentemente ou me deletou do msn, mas o fato é que não vou procurar saber. Não vale a pena. Não vou me fazer de forte, porque é recente e eu ainda sofro por sua causa, mas o impacto inicial já passou e creio que daqui há algum tempo tudo o que restou aqui dentro vai passar também, e eu estarei novamente bem como quando nos conhecemos.

Você entrou na minha vida numa tarde ensolarada de ócio sem sequer pedir licença. Nos primeiros instantes eu te achei um tanto quanto arrogante, impressão que foi quebrada praticamente na mesma hora, quando começamos a conversar e eu observei alguns traços parecidos na nossa realidade. Pronto, você havia me conquistado.

Todos os dias conversávamos. Era bom, deixava meu dia mais feliz. Nossas realidades se complementavam, muita coisa era parecida mesmo. Até havia esquecido como te achei metido num primeiro instante.

Durante um certo tempo soubemos de todos os compromissos, rotinas, conquistas um do outro. Você completava meu dia, me fazia feliz mesmo na distância. Sua preocupação, seu desejo de querer me proteger, seu modo de colocar suas idéias, tudo isso me fascinava, me fazia muito bem. E eu sempre tentei, com todo o meu coração, fazer o mesmo bem a você. Cada pequena lembrança sua, cada conversa, cada palavra, significou muito pra mim. De verdade. Tanto que dói fisicamente falar de você.

Talvez daqui há um tempo eu descubra que confundi as coisas, que deixei o sentimento ir mais além do que deveria. E que talvez se eu não tivesse me apaixonado, pudéssemos ser bons amigos naturalmente, como tudo levava a crer que seríamos.

Mas como não foi isso o que ocorreu, estamos aqui hoje, você aí e eu aqui, voltando a ser os dois estranhos que éramos há três ou quatro meses atrás. Se comportando como se nunca sequer tivéssemos nos conhecido, como se não houvesse acontecido nada entre nós... ou talvez até pior do que isso, como se a única coisa que tivesse sobrado fosse mágoa, ressentimento ou simplesmente indiferença e desprezo de ambos os lados.

... é, acontece nas melhores famílias.

Quero finalizar dizendo que, apesar disso tudo, eu te desejo tudo de bom. Quero que Deus continue te iluminando, te dando saúde e paz e permitindo que você concretize todos os seus planos, sonhos e ideais. Acho que sempre vou querer o seu bem, mesmo você, atualmente, sendo um estranho.

Até qualquer dia.

Day 5 — Your dreams

Ultimamente têm sido muito difícil pensar em sonhos. Acho que passei da idade de sonhar, será? /eu e meu complexo de velhice again!

Creio que não. Sonhos pra mim são muito mais que uma questão de idade, e sim de interpretação, porém estou num momento da minha vida em que não me permito mais certas abstrações totalmente fora da minha realidade, como quando eu sonhava em ser escritora de sucesso internacional, cantora famosa ou simplesmente ter grana o suficiente pra viajar o mundo sem se importar com preços. Houve uma época da minha vida em que o que eu mais quis foi dinheiro, muito provavelmente por conta das dificuldades inúmeras pelas quais minha família passou e pela dificuldade de compreender que os valores sociais atuais estão pautados no consumo, no ‘ter’ ao invés de ‘ser’. Hoje eu até quero dinheiro, mas não vou morrer frustrada se não for podre de rica. Quero muito mais [ou muito menos, depende da interpretação] do que alguns zeros a mais na minha conta bancária. Quero pequenas realizações, quero uma casa no campo onde eu possa compor muitos rocks rurais, quero dias de festa com meus amigos, saídas com minha família, realizar serviços na Igreja...

... parece pouco, mas me completa. E são pequenas coisas como essas que me fazem ter força pra lutar pra que sonhos maiores sejam realizados. Como todo mundo quero um futuro profissional promissor, um bom emprego, uma vida confortável, prosseguimento da minha vida acadêmica... quero muitas coisas que não basta apenas sonhar para conseguir, é necessário esforço e construção de alicerces prévios.

Além disso, mesmo sendo muitas vezes taxada de reacionária, eu também quero mudar o mundo. Sonho sim com uma sociedade mais justa, mais igualitária, onde o pobre não seja iludido com a perspectiva de aumento de poder de compra, de crescimento econômico calcado na ignorância como única alternativa de desenvolvimento do país, de cotas por cotas... quero reforma do ensino básico, quero alternativas de empregos pra todos, quero que o povo brasileiro seja retirado do poço da ignorância conveniente para aqueles que estão no poder.

Quero ainda mais do que isso: quero o fim dessa cultura de massificação, onde tudo é padronizado, onde implicitamente a beleza branquinha padrão do capitalismo é colocada como símbolo de boa índole, de pessoa amada e desejada, enquanto os que fogem deste padrão são pessoas descartáveis.

Estou sendo radical, sim. Mas brevemente, muitas vezes é assim que eu me sinto. Uma pessoa descartável, pela minha pele morena, a minha baixa estatura, o meu excesso de peso e o meu cabelo crespo. O pior é que os índices comprovam isso. É só abrir o Google e verificar que os menores salários e as mais altas taxas de pobreza são das mulheres [santo patriarcalismo ¬¬], sobretudo das negras ou com traços negroides [tipo assim ‘eu’ – meu querido preconceito racial velado]...

... ou seja, não é uma coisa a nível de ‘como a Nina se sente’, é um fenômeno de escala global, que quando é tocado muitas pessoas acham fútil...

... enfim, vamos vivendo sendo preteridas por sermos consideradas ‘feias’.

Eu sonho apenas com o dia em que a beleza padrão não será considerada referencial para contratação, para atração, para vontade de conversar... enfim, que essa merda de estereótipo padrão' não sirva pra nada.


/isso são frutos de um desabafo hiper produtivo que tive durante o ENG :)

PS: apesar dos apesares, eu me acho linda. E phoda-se que a sociedade não acha.

domingo, 1 de agosto de 2010

Day 7 — Your Ex-boyfriend/girlfriend/love/crush

Foram três longos anos apaixonada por você. Vivendo, querendo, respirando você. Aliás, criei este blog pra falar de você – e apaguei tudo! E no meio de tantos ex acho você o mais digno de receber essa carta.

Já senti pela sua pessoa sentimentos que variaram do amor incondicional à vontade de matar. Hoje apenas sinto indiferença sentimental, com uma pitada de rancor em virtude das suas amizades recentes, mas não deixo isso me abater. Se você quer se envolver com quem não presta o problema não é meu, só espero que não escolha o meu ombro pra chorar quando quebrar a cara.

Te desejo tudo de melhor do mundo, quero de coração que você fique bem e consiga sucesso e realizações. Apesar de aparentemente você não acreditar, não quero o seu mal.

/mais uma carta curtinha – impessoalidade é uma merda.


Abraço,

Nina.

Day 4 — Your sibling (or closest relative)

Acho que essa é uma das cartas mais difíceis de escrever, por isso mesmo será curtinha.

Temos uma relação bem complicada e totalmente diferente de praticamente todos os laços familiares das pessoas com quem eu convivo: nove anos sem nos ver, você com o segundo marido e sua filhinha que eu ainda não conheço.

É estranho, sinto saudade de coisas que eu nunca vivi contigo, mas sei que você não sente o mesmo. Você é fria, mas eu entendo, afinal não convivemos. Sinto que somos irmãs apenas por circunstâncias biológicas, mas mesmo assim não deixo de te amar demais.

Day 19 — Someone that pesters your mind—good or bad

Nada como retomar a rotina cartística dedicando uma cartinha pra uma pessoa que importuna - e muito - a minha mente [de acordo com a tradução do Google ao inglês que ilustra o título dessa postagem!] - de uma maneira super positiva, aliás das mais positivas possíveis!

Adoro falar o nome dela completo porque acho que soa super forte e sexy, como ela/mas não convém postar aqui!

E isso não é uma mera retribuição ao que ela me escreveu recentemente, até porque já tinha vontade de escrever pra ela faz tempo, apenas estou consumando o ato/e eu adoro atos consumados, uiii!

Ariii!

Amor... não vejo a hora de chegar novembro pra finalmente dormirmos de conchinha, mas espero de coração dar um jeito de te ver antes, porque até que estamos pertinho. Você é tão presente na minha vida, se preocupa tanto comigo, me ouve, tem paciência [ou finge muito bem, mas eu prefiro acreditar na primeira opção], tem um coração enorme e uma vivência extremamente parecida com a minha [incluindo nossas mães surtadas que amamos tanto!] que eu acho uma afronta à minha dignidade o fato de não sermos vizinhas da frente. Aliás meus vizinhos da frente são uns caras esquisitos donos de um estabelecimento comercial que ficam olhando a vida dos outros o dia todo, ôh beleuza! ;)

Voltando à minha musa inspiradora das madrugadas ex-ruiva...

... eu não escrevo tão bem quanto você, mas mesmo assim torço demais pela sua felicidade, pra que você consiga ser uma jornalista super famosa e eu possa te ver na tv daqui há alguns anos e dizer que sou amiga dessa mocinha super sexy que ancora o jornal do horário nobre HUAHAUAHAUHU [tá, acho que você nem quer isso, creio eu que seus sonhos sejam muito maiores do que ser uma marionete da alienação da rede bobo, e desejo que você realize TODOS, e que eu possa ser testemunha disso!]

Eu tenho certeza que você vai passar no vestibular, e eu quero um dia pegar minhas malas e te visitar em qualquer lugar que você for morar, conhecer todos os seus amigos e frequentar várias festinhas universitárias contigo...

... mas enquanto isso não acontece eu fico aqui torcendo pra que tudo possa dar certo na sua vida, super feliz por você ser essa pessoa dedicada aos estudos e objetivos que é, e também pelo seu coraçãozinho estar bem e batendo forte por alguém... é tão bom se apaixonar, né? Mas saiba de uma coisa: se ele não te tratar bem eu vou até essa terra das bolachas aí dar uma tremenda de uma bolachada nele! Você é linda, especial e tem um coração muito bom, portanto merece ser tratada como uma princesa.

Te adoro muitão,

Nina! ;)

Últimas linhas gaúchas!

... finalmente [ou não!] voltei pra casa [vale ressaltar as curtas horas de avião seguida das longas de transporte coletivo que me deixaram estafada e adoentada, e somando com as horas de ônibus rodoviário pra chegar até aqui trataram de ferrar com minha saúde de vez] e, consequentemente, pra minha vida internetística.
E não poderia escolher dia 'melhor' que um sábado à noite pra isso: Ari e Isa offline, Bá que não fala comigo há umas duas semanas... hunf! Saudade de vocês, suas moças atarefadas! :)

O pior [ou melhor!] de tudo é que não sei o que escrever, tamanhas são as novidades. E se postasse tudo o que penso ficaria um post extremamente pessoal, o que não seria muito recomendável.

Bem, vamos resumir:

A semana em Porto Alegre foi... melhor impossível! Sem palavras pra tudo o que aconteceu durante todos esses dias. Saí daquele lugar sem a menor vontade de ir embora, com a vontade de viver naquele alojamento, com aquela rotina, pra sempre [tá, tirando a parte do banho!].

Dá uma olhada no nipe de um das mesas redondas:

_MG_3260EnG por wagnerinno.



Conheci pessoas maravilhosas e que sem dúvidas me acrescentaram muito em termos de conhecimento geográfico e vivências diversificadas, que se completavam em suas diferenças - e finalmente conversei sobre movimentos sociais com pessoas aparentemente não-hipócritas [siiim, apesar de me taxarem de reacionária eu ainda quero mudar o mundo!].

Trabalhar na organização então foi imprescindível pra que eu pudesse aproveitar melhor esse momento: embora muitos criticaram o fato de pessoas de outros Estados [como eu!] integrarem as monitorias eu creio que os principais erros de organização se deveram ao fato de sempre as informações estarem desencontradas, o que comprometeria o andamento do evento da mesma maneira sendo os monitores estudantes da universidade que nos acolheu ou não. Além disso creio que soubemos, na medida do possível, acolher a enorme demanda de inscritos [em torno de 6 mil! Gente pra caramba!]. Em suma deixo meus parabéns aos idealizadores e organizadores do evento, embora eu espere que nenhum deles leia este blog.

Também gostaria de falar sobre como o povo gaúcho é educado: exemplos de gentileza, paciência e boa vontade com os turistas. Maravilhosamente explicativos ao dar informações e prestativos ao extremo: ao ir embora com 20 Kg de bagagem sempre houve um ser atencioso que me ajudou com a mala entrando/saindo do ônibus e do trem, sem eu nem ao menos pedir, coisa que no meu interior de melldells creio que eu raramente encontre.

Um último parágrafo importante quero dedicar àqueles que eu mais gostei de conhecer durante o evento: os mineiros [e os pseudo mineiros também, ou seja, paulistas e cariocas que moram/moraram/tem ligação em Minas!]. Que povo carinhoso e receptivo é esse, uai! Pensem numa pessoa que dormiu com o pessoal de Alfenas, depois com uma turma de Uberaba, e se divertiu horrores na balada com uma galera super atenciosa de Juíz de Fora e BH! Praticamente desbravei as Minas Gerais! Esses momentos mineirísticos eu creio que guardarei pra sempre, ou pelo menos até o próximo encontro [Alfenas em Outubro, oi?!], que eu espero que se repitam todos! *.*

Por enquanto eu acho que é isso - e siiiim, vou retomar com as cartas! /estou super atrasada!